AVE!
És pequena ave, querendo voar.
Um “forte – apache” ameaçado.
És mar de março revolto a transbordar.
Música suave que dores canta. Um fado.
Mulher completa, pensadora.
Menina outrora, não muito atrás era.
Domadora de si, mansa fera.
Guardiã da caixa de Pandora.
Imagino você no amanhã que se anuncia.
Firme tal montanha com bosques.
Sonhadora, perfeitita, sem tiques.
Achada em si, plena de autarcia.
A felicidade virá, por certo virá sem urgência.
O que é verdadeiro e que com custo persegues,
aparecerá a ti num sereno mar em que chegues
de modo claro, como uma calma ressurgência.