POMPEU

Um vulcão explodiu dentro do meu peito

Lançando sua lava ardente

Incendiando meu corpo inteiro

Nada que fizesse

Podia detê-lo

Lançando nuvens de incertezas

O horrendo e a beleza

Dois atores do mesmo espetáculo

Ilusão e alegria selando seu pacto

Era talvez e era tácito

O quanto o Eterno pode ser rápido

Apenas cinzas restaram do passado

Seu calor derrete tudo ao meu lado

Toda minha história solapada de repente

Violada pela avidez de seus dedos ardentes

Era visão ou era Vesúvio?

Era desejo ou era dilúvio?

Era fé ou era fúria?

Era doença ou era cura?

Era ela ou era eu?

Era Pompéia ou Pompeu?

Era uma nova amiga ou uma antiga alma velha?

Era meu vulcão ou minha Pompéia?

Não havia tempo pra respostas porque já não havia saída

O fogo feroz da paixão já a tudo consumia

Fez em vácuo o que era Vida

Não havia mais tempo ao Espírito sedento

Seu coração já era brasa espalhada pelo vento

Matando a vida que vivia por dentro

Era liberdade, agonia e alento

Estátuas levantadas sobre quem já não existe

Cinzentas, vazias, imortais

Fantasmas fantásticos mas reais

Da Vida que um dia fora mas que agora já não é mais!

Lady Loen
Enviado por Lady Loen em 03/11/2013
Código do texto: T4554800
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