O véu

O véu.

Os filhos da aurora franzina,

mergulham na bola de fogo.

Os últimos a sair da surdina,

aos olhos dos deuses dos loucos.

Tudo esta quieto e contrario,

numa calada de letras de fim.

O ciclo do nau opiáceo,

q’arranca tudo de mim.

Martirizo-me a pensar num véu,

que separa com força suprema.

Razão de luta ao léu,

um amor fatídico me queima.

Sopra o carinho dos braços

Contenta-te a um só laço.

Serás eterno teu cheiro!

Sob pequenas nuvens lunáticas,

teu sorriso em gotas acrobáticas.

Neste infinito meu leito

Camper
Enviado por Camper em 27/08/2005
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T45564