JANELA VAZIA

A janela da rua resumia,

a vida e sonhos de Maria.

Moldura de Marias tantas,

confusas, pagãs e santas.

A Maria de virtudes puras

Maria de ardentes loucuras.

Ânsia confusa e resumida,

na dúbia janela, indefinida.

Rua; rio de ilusão passageira,

parece chamar a Maria faceira,

com acenos de loucas paixões.

Qual brisa em confusas visões.

Maria, seu mundo, sua janela.

De sonhos que sua mente vela,

num delírio de tantas Marias;

numa janela, que tudo resumia.

E o rio de ilusão, foi correnteza!

E da rua que navegou a Maria,

nada restou; somente a tristeza.

E um quadro oco, a janela vazia.

ARAKEN BRASILEIRO
Enviado por ARAKEN BRASILEIRO em 07/11/2013
Reeditado em 21/01/2023
Código do texto: T4561353
Classificação de conteúdo: seguro