E que me deixem...

Que me deixem gritar aos ares

Que meus medos se esgotaram

Que me deixem sorrir denovo

Alcançar as nuvens,derramando meus erros.

Que me deixem ouvir as vozes

Que a muito não viam

Que me deixem secar o pranto

Dobrar as linhas,sem forma,nem modos.

Que me deixem cavar os mares

Que de silêncio se esvaziaram

Que me deixem cantar o canto

Das amarras,sem cavernas e assombros.

Que me deixem dizer que amo

Que posso amanhã não viver

Que me deixem dormir sonhando

Com toda aurora,com suas mãos e dicotomias.