Guerreiro Infante

Dentre os momentos vividos

Tenho pra mim que fui parte errante

Mas a maior parte, e doravante

Foi a desse guerreiro infante.

Daqueles cujo peito é aberto

aos abalos sísmicos da terra

Imanência de dores, sabores,

temores, rumores, dissabores,

todos estes

acatados em sua singela beleza.

A singela realidade dos momentos vividos

Cujo espectro é vasto como a vida de fato é.

Tomo pra mim que em nada serviria

viver uma vida feliz, póstuma, achatada

pelos salões previsíveis, os bailes de cartas marcadas...

Tomo pra mim que o eixo da dualidade cambiante

foi reconhecido em meu peito aberto

desse guerreiro em ação.

Guerreiro Infante.

Eduardo Piereck
Enviado por Eduardo Piereck em 19/11/2013
Reeditado em 19/11/2013
Código do texto: T4578188
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