Da falta.

E ser além, abismos sobre o nada,

E ter o mundo feito fingidor

Fluir até fingir na coisa amada:

A fome brava, a febre sem calor.

Ser este alguém em lúdica cilada

Que é mesmo servo, entanto, ditador

E neste mundo a paz diz quase nada

É luz e sombra, pobre do amador.

Seja o silêncio seu melhor conselho

Do desespero à falta seja tanta

Que cai no olhar manchado de vermelho

E traga a voz que já nem mais espanta

Vem no apelo cativo no espelho

Todo atropelo preso na garganta