PALAVRA

Palavra,

Liberdade sonora,

Farol que alumia

A essência da vida.

Alumbra a fantasia,

Acalenta a alma,

Voeja paraísos intocáveis.

Ingênua, despida,

Enfeita-se de sonhos,

De magia e lógica.

Em vôos azados por signos,

Mostra-se cativa ou soberba.

Em roupagens lúdicas,

Provoca sorrisos,

Alinda o amor.

Pode lanhar o coração,

Vestida pela dor.

Nave dos sentidos,

Transporta a exultação do belo,

A contemplação do silêncio inaudível,

Encapelado por dores guardadas

Nas águas revoltas do existir.

Palavra,

Canto órfico que se transmuda,

Esgueira-se em harmonia

Pelo cosmo, pelo infinito...

E o amor se faz

Nos eitos de palavras soltas,

Regadas por lágrimas,

Plantadas ao açoite do vento,

À luz primeira de um amanhecer risonho.

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 21/04/2007
Reeditado em 21/04/2007
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