Estátua marcada...

Caía da sacada,

Pelo chão a pequena estátua

Onde o bronze e o ferro

Tragavam os laços das pegadas

E transbordavam em nuvens

O sentir só.

À tarde

O vento sopra brando

E os golpes

Dos passos vibram e tentam em

Vão resistir ao tempo dos mortais

Serve com tábua das cores,

O marfim que circula a estátua

E cobre de sombra

A réstia com o nascer do sol

Rasga-se a vergonha

E torce a roupa

De relva selvagem.

E eu, estátua marcada;

Concha perdida;

Deleito-me com o mar

E tiro dele a presença divina

E sinto os espinhos das rosas

E como com as vitórias-régias.

As contas e equações me traem

E sofrem com o desespero

E o EU torna-se o bronze e o

Ouro dos imortais

Onde os deuses governam

E transcendem

O alquimista do tempo, da

Glória. Andréa Farias

Andréa Mélo De Almeida Farias
Enviado por Andréa Mélo De Almeida Farias em 21/04/2007
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