Dédalo

natureza

cala ventos sussurrantes

tua poesia é como floresta fechada

que me põe a imaginar

não sei se devo

rir ou chorar

saio a correr

por entre teus desconexos versos

como crivos

escuto o sussurro ameno do vento

sento no meio da mata escura da tua poesia

calo-me em transe

distante de teu triste olhar

sinto-me um dédalo

despetalada

não sei dizer se choro ou se rio

confesso

não suporto a dor

de teus labirintos versos

Caroline Schneider
Enviado por Caroline Schneider em 22/04/2007
Código do texto: T460018