Minha alma que arde

Uma caneta à mão

Eu, aqui, perdida

No imaginário mundo de ser

Constante e inconstante

Na minha constância

Serei mais um rabisco?

Entre tantos ismos

Minha singularidade

Está em não saber

Em ser ausente sem ausência

A luta entre papel e caneta

Enquanto o silêncio corrói a alma

Destrói seu grito voraz,

Que pede, implora,

Para ser liberto

Pois em forma

Eu, poeta,

Vou deformando o mundo

Desconstruindo com a força

Que meus dedos possuem

Ao tocar com a caneta

O meu papel

Que também, claro

Já, há séculos,

Roubou minha alma

Eu?

Continuo sua súdita

Nas mais belas noites

Enquanto ainda puder...

Sentir, sentir, e,

sentir.

Mariana Rufato
Enviado por Mariana Rufato em 07/12/2013
Código do texto: T4602367
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