O êxtase das coisas

Eu, poeta nas horas vagas

E pessoa nas horas extremas

Não sou nada

Não é porque não quero,

simplesmente não o sou.

Descobri verdades absurdas

Que me deixam acordado de madrugada

Devaneando sobre até as coisas que nem sei

Porque na verdade nada sei

Minha contradição foi achar muito

Enquanto chegava à conclusões

Que fizeram minha alma arder

Eu, aqui, meu cigarro chegando ao fim

As cinzas batem no cinzeiro e ali encontro-me

Louco, desvairado, perdido e obscuro

A vida é assim

O verbo continua sendo conjugado

Minha respiração não para

Pois nada, nada, chegou ao ápice,

no êxtase das coisas.

Mariana Rufato
Enviado por Mariana Rufato em 16/12/2013
Código do texto: T4613495
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.