discursar
das pedras oxidadas
amígdalas
da fome de silêncio
a fonte
ouvir-te-ei quando tuas mãos
como pétalas
abrirem os rios do meu corpo
serei outra
e ainda várias
fala
que as palavras que escrevo
desmancham-se no teu dentro
e amanhã bem cedo
a voz que era sede
saudade