2013 DO SAGAZ HOMEM CORDIAL
Cordialmente o homem trafega
Trafega embaralhado, tropeça no cardaço
Não concatena alho com bugalho,
Desconectado atravessa uma multidão com pinta de salada mista
Nós, gargalos, opressão abrasileirada disfarçada
Embebedou-se de doces lembranças distorcidas
Por breves instantes os passos flutuavam, livres!!
Indagava os ruídos, os burburinhos, as palavras de ordem
2013 se esvai, vai indo sem culpa, à francesa
Como páginas amareladas de uma biografia chapa branca
Serpenteia no ar a euforia manifestada,
por mascarados de esquerda ou gigantes acordados de direita
Na fúria ensolarada,
num verão escaldante de dezembro
Esbraveja a tempestade no estouro no trovão
Afoga-se o coração em versos entorpecidos, sem rimas
2013 escorrega, se esvai, viaja como grãos de areia de estádios
Desaba na fé cega do progresso superfaturado em dez vezes
Desliza como NINJAS, cantarola sem caxirola