Balada etílica

Balada etílica

O medo inspira o perigo

A garrafa e meu tumulo

Trancado e sem abrigo

A noite não tem rumo

E na verdade desta seita

Prende o corpo no invisível

Trafega a morte na espreita

O olho vê o indescritível

Saltando de dor em dor

Viciado feito enxurrada

O vôo de um condor

Com os pés numa calçada

Pelas guias de cimento

Num único firmamento

Segue o canto a guiar

Dias ébrios indecisos

Se é choro ou sorriso

Se amanhã irá voltar

Camper
Enviado por Camper em 30/08/2005
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T46285