depois da inocência

mapeia minhas intenções

meu calhamaço de rabiscos gesticulados

passeia nas minhas trilhas novas

incendeia meu desembarque

de exageradas reticências

sei onde tocam seus dedos

onde passeia sua língua

nessa corte de juízos incendiários

valho da minha alforria atrás das portas

quando o sangue nem circula nas saletas

ou piscam em pontos estratégicos

e é assim arreada, sem defesas

que passeio ao longo das suas veredas

deixando rastros nada inocentes

linhas nas suas entrelinhas

demarca seus ritos nas minhas muitas entradas

que guardo luas cheias, de risos fartos

nada será como antes, depois de nós

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 30/08/2005
Código do texto: T46289
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