LIVRO

No varal do tempo,

Páginas da minha vida

Estão penduradas

A formar bandeirolas

Em volta de mim...

Que como histórias de Cordéis,

Agrada ou desagrada

A quem lê!

Compilo essas páginas

Então, um livro nasce.

Quando folheio esse livro,

Percebo que muitas folhas

Contém espaços em branco...

Esses espaços são lapsos

De uma memória corrompida.

No decorrer da vida

Vírus a infectaram

Fazendo as alegrias

Serem utópicas fases do passado,

Dessa mesma vida...

Esse livro meu hoje encadernado,

É colocado na estante.

Ficará empoeirado

Pois, nem mesmo eu,

Tenho prazer em manuseá-lo.

Ficará lá, esquecido... ou talvez;

Quem sabe um dia,

Meus filhos queiram lê-lo

E venham a gostar ou não.

Deixarão na estante ou jogarão fora.

Alguma coisa assim, farão.

Não importa,

Estarei morto; então!...

Se entenderem o que escrito lá está,

Terei deixado um belo legado.

Se não entenderem o dito,

Será melhor que as traças

O tenham comido!...

(Perez serezeiro)

José R.P.Monteiro

serezeiro@yahoo.com.br

serezeiro@hotmail.com

Perez Serezeiro
Enviado por Perez Serezeiro em 29/12/2013
Código do texto: T4629389
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