A RUA (Passando pela velha Cidade de Goiás)

Uma rua silenciosa

Pedras pisadas por passos

Apressados

De trabalhos tantos

E de amores vários.

Uma rua deserta na noite

Lua testemunha de juras

Eternas

Ou não.

Somente uma rua vazia

Casas antigas e janelas ouvintes

De pedras que contam histórias

De escravos e de negócios

Agora dorme.

Agora ó caminhante noturno

Contemple meu passado

E traga seu presente.

Admire minha moderna luz

Que ainda assim assombra a noite

E corações apaixonados

Que aqui transitam suplicantes.

Uma rua silenciosa

Que outrora fora de largos passos

Agora dorme a solidão do presente

E adormece nos caminhares antigos

Silenciados e adormecidos

Nos livros agora amarelos

E guardados nas estantes.

Uma ruazinha somente

Liga aqui ao acolá

E gente passa

E gente ri

Chora e comemora

Por mim sobram histórias

Tão somente.

Cumpro de ligar, meu destino

De conduzir e lugares juntar

Tão pequenos

Tão longínquos

Tão memoráveis

Acolhendo lágrimas e sorrisos

E tudo quando deixam cair nas minhas pedras

Ainda sólidas e penitentes.

Restou-me ser uma rua

Somente.

LUCAS FERREIRA MG
Enviado por LUCAS FERREIRA MG em 06/01/2014
Código do texto: T4638016
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