O POEMA INATINGÍVEL

Ao vento, a correr pelas paisagens,

um poema foge

roçando as folhagens,

levantando a poeira dos caminhos.

Não existem correntes que aprisionem

esse anjo translúcido que perturba

a trajetória da tarde.

Neste contexto

toda a luz converge para um ponto

fixo no horizonte

onde se postou o verbo.

A noite mais facilmente será possível

observar os que dela se aproveitam.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 06/01/2014
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