A MÁQUINA DO TEMPO

Vejo a máquina do tempo imperando sobre

Os montes, e as pedras encontram-se desgastadas

E a vegetação está constantemente alterada.

A terra está seca e árida, e

só as plantas mais resistentes conseguem sobreviver.

No ar pairam os corvos a voar inquietos,

Parece um cenário onde a morte espelha

Em cada canto.

Existem buracos feitos pelas cobras,

E os insectos vagueiam pela terra adiante...

O céu está limpo de nuvens,

E o vento sopra levemente

Numa paisagem absolutamente soberana.

A água aqui é escassa,

Por isso tudo vive em condições extremas.

Fico admirar este lugar fascinante,

Mesmo com todos os contra-tempos inerentes ao mesmo.

Fico a pensar e observar o mais pequeno

Detalhe de cada rebento que surge na terra,

E toco nas pedras e as comparo ao desgaste da minha vida.

Tudo está em perfeita harmonia,

Na moldagem feita pelo tempo,

Que é um fator determinante em tudo o que existe.

Esta máquina nunca pára,

E está sempre numa constante evolução e transformação

De tudo o que vejo ao meu redor.

E assim impera a sua lei num mundo

Em urgência vertiginosa,

Na luta de todos os seres vivos,

Que estão entre a vida e a morte.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 08/01/2014
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