CANTO REVELADO * Sangue antigo, sangue meu!

Sangue deste sangue sou.

Sangue herdado, sangue antigo.

Sangue que se derramou

e a terra-mãe empapou

em sacrifício e castigo.

Sangue antigo, sangue herdado,

farol que nunca se apaga.

Rio na terra cavado,

no impulso desesperado

que se dá e tudo alaga.

Sangue das minhas entranhas,

pulsando nas correntezas

de perigos e artimanhas,

entre mitos e gadanhas

de antemanhãs de incertezas.

Sangue antigo, sangue meu,

sangue que jorra da fonte

que já banhou Prometeu

e garante que sou eu

quem rasga o meu horizonte.

José-Augusto de Carvalho

8 de Janeiro de 2014.

Viana * Évora * Portugal

José Augusto de Carvalho
Enviado por José Augusto de Carvalho em 09/01/2014
Reeditado em 28/12/2018
Código do texto: T4642167
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