Ao despertar...

Brota no peito um apego novo

Um delírio de amor, um fogo...

Regada pela minha crescente libido

Repelido pelo algoz, a dor...

Acalentado pelo luminescente e fugaz amor.

Reacendo em mim as fogueiras de Beltane...

E danço nua ao redor de nossa sensualidade

Teu corpo na imagem se perde...

E se veste de mim...

Num enlace sem fim...

Somos um...

Côncavo e convexo...

Numa entrega louca...

Ritual de Amor, para mim.

Para você sexo, em fim...

Absorvo e assimilo teu querer

Pois não deixa de ser o meu...

Certeza? Quero você dentro de mim!

Árvore crescendo, primavera brotando,

Corpo destilando desejos, sei lá...

Vai além de palavras vãs...

Rebento de grande paixão

Tempestade de verão...

Relâmpagos que rebombam

Quando nosso corpos juntos explodem...

Para então descansar no regaço da satisfação...

Fascinando assim, meu desavisado coração.

Teu lânguido olhar me devora

E meu corpo implora o toque

Tua mão conhecida, conhecedora...

Que Tatua desejo por onde passa.

A chuva que rega... É a mesma que batiza

O rebento a insinuar-se no meu peito

O orvalho dessa ilusão?

Nossas seivas... Nossa emoção!

Nasce um sonho novo para mim...

Mas como todo sonho, desperto,

E o vazio da cama

Grita mais alto enfim...

Observadora
Enviado por Observadora em 11/01/2014
Reeditado em 11/01/2014
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