FELICIDADE ( V )

Bati na porta de um palácio lindo.

Perguntei se ali morava a felicidade.

Me responderam negativamente.

Cabisbaixo meu caminho fui seguindo.

Com ricos casais eu conversei

E a mesma resposta eu sempre recebi.

Pesquisei bibliotecas e quase me cansei,

Mesmo assim mais um tanto percorri

Conversei com grandes milionários,

A mesma resposta sempre se repetia.

Falei então com grandes empresários,

Infelizmente sucesso eu conseguia.

Cheguei então em uma simples choupana,

Onde encontrei um velho solitário.

Me chamou para entrar na sua cabana,

E se mostrou muito solidário.

Serviu-me um chá que muito parecia,

Ter sido feito já fazia tempo.

Uma bebida sem sabor e muito fria,

Pensei até ter sido feita de água e vento.

E a aquele homem eu interroguei,

Como com muitos já havia feito.

Com ele então muito me alegrei,

Me prometeu tirar a dúvida do meu peito.

Meus olhos brilhavam de contentamento,

Porque enfim, minha dúvida se iria.

Ele notando o meu comportamento,

Que até sorriso em mim se percebia.

Então feliz me disse amavelmente,

Que o que eu queria saber ele me diria

Se eu amar o próximo tão somente.

A felicidade plena eu encontraria.

Ao anoitecer dormi naquela choupana,

E tive um sonho que muito me elevou.

Sonhei com anjos vivendo naquela cabana,

E o bom velhinho de mim se aproximou.

Colocou as mãos suaves em minha testa,

Abençoou-me e amavelmente disse assim.

Nesta vida a nossa grande festa

É quando se encontra a felicidade enfim!

Antes que eu perguntasse onde a encontraria,

O ancião foi logo me dizendo assim.

Não adianta você procurar em todo o universo,

Nossa felicidade nós mesmos a construímos,

Quando ao próximo doarmos todo nosso amor.

31/12/013