Choro solitário

Dá um aperto no peito

Ao vê a infância perdida

Pedindo, cheirando, se prostituindo,

Muitas vezes por um prato de comida.

Dá um nó na garganta

Quando queremos falar

Que sentimos muita dor

em compactuar com toda essa situação

Como:- quando percebemos que a ganância

Deixa o homem se vender

sendo refém e hipotecando a vida,

o que contribui para a decadência

E a perda da dignidade

Fazendo os homens viverem como animais.

Eu choro, porque esquecemos a fraternidade,

Limitamos toda a capacidade,

Governamos com parcialidade,

Dando preferência a posições sociais.

Choro quando reconheço o amor

Ingênuo, sincero e generoso.

Choro pelo aperto de mão,

Pelo beijo caloroso

Que derrete o coração.

Choro pelo jovem, pelo velho e pela criança

Que desistem de lutar

Por se sentirem abandonados.

Choro pela injustiça

que divide e discrimina,

Ninguém é melhor ou pior,

todos são parte de uma humanidade

Que busca a cada dia, através do amor,

a verdadeira e descompromissada felicidade.

Fatima Samico
Enviado por Fatima Samico em 20/01/2014
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