mãos dadas
Nem sempre posso
Ter minha mão presa a tua
Nem sempre posso
Te passar meu calor
O tempo
Apressado
Leva-nos
Num vento aflito,
Um grito
Parado
Surdo
Atordoado, pelo ar
Mas de repente
O telefone toca
E tua voz tão perto
Na primeira sílaba
Nos faz flutuar
No bailado doce
De uma canção
Fraterna
Que vem tranqüila,
Que vem avisar
E tudo fica mais leve
Tudo inteligível
Já não estamos perdidos
Estamos dançando
Sob a luz do luar