mãos dadas

Nem sempre posso

Ter minha mão presa a tua

Nem sempre posso

Te passar meu calor

O tempo

Apressado

Leva-nos

Num vento aflito,

Um grito

Parado

Surdo

Atordoado, pelo ar

Mas de repente

O telefone toca

E tua voz tão perto

Na primeira sílaba

Nos faz flutuar

No bailado doce

De uma canção

Fraterna

Que vem tranqüila,

Que vem avisar

E tudo fica mais leve

Tudo inteligível

Já não estamos perdidos

Estamos dançando

Sob a luz do luar

sergiovelloso
Enviado por sergiovelloso em 27/04/2007
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