A Cruzada dos Poetas

Não sei

se ainda sei escrever,

se ainda sei falar comigo ou

se consigo me olhar como sou.

Não vejo mas

magia em meus olhos,

nem sinto mas em mim

aquela forte inocência de quem

mudaria o mundo,

de quem acreditava em tudo,

de quem vivia e morria por amor.

Sinto falta uma época

em que se havia poesia em sofrer,

em que a dor dilacerava a alma,

cortava tão profundo que chegava dar prazer.

Sinto falta do impossível, do irreal,

de tudo que era verdadeiro e ingênuo,

suave e amargo, puro e passional,

de todas as incertezas reais...

É triste perceber que os poetas se foram

numa eterna cruzada e que

já não há mas nada do que se falar...

já não há inspiração...

já não há mas amor...

depereira

De Pereira
Enviado por De Pereira em 28/01/2014
Código do texto: T4668329
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