Estrangeiro
A cidade sem rosto
oposto de casa
Que avança sobre a mata
sem plano, sem data
de homem que mata por nada
que escolhe a caça e devora a vida
manchando de sangue
a praça e a avenida
A cidade sem rosto
oposto de bela
Sem olhos de ver por ela
a pobreza das ruas
A poeira das suas sujas esquinas
Nuas de esperança, perdida na dança
de poderosas latrinas
A cidade sem rosto
oposto de lugar
Para quem achar
que vai encontrar prazer
De tudo que há para ver
o que sobra ao anoitecer
é a solidão de um quarto
um canal a cabo e a reprise
de um velho filme
A cidade sem rosto
para ver e esquecer
A cidade sem rosto
oposto de casa
Que avança sobre a mata
sem plano, sem data
de homem que mata por nada
que escolhe a caça e devora a vida
manchando de sangue
a praça e a avenida
A cidade sem rosto
oposto de bela
Sem olhos de ver por ela
a pobreza das ruas
A poeira das suas sujas esquinas
Nuas de esperança, perdida na dança
de poderosas latrinas
A cidade sem rosto
oposto de lugar
Para quem achar
que vai encontrar prazer
De tudo que há para ver
o que sobra ao anoitecer
é a solidão de um quarto
um canal a cabo e a reprise
de um velho filme
A cidade sem rosto
para ver e esquecer