Nem Tua e nem do Mundo

Esta pequenina jóia que sou está desiludida

Fica aqui a se depenar ou inquietar sentidos

Sempre à mercê dos disparates dos homens

Uma ambígua dama sem o nome ou fortuna

Sou de nenhum alívio, desastrada sem amôr

Sentimento desvalado emerge dessas dores

Incapaz de cardíacas memórias das paixões

Quase aturdida em um oceano de mentiras

Naufragada nos escolhos da selva de pedra

O breve instante da lágrima ao busto casto

Senhora da perda, da farsa, dos desamores

Toda esperança alcança a sua praia comigo

E sempre cai na nebulosa surda da mentira

Os homens dos fracos se acomodam fortes

Eles me tornam insegura de famintos lôbos

Cada qual a tirar de minha sina um retalho!

A realidade inflamada no mal conduz o fim

Em finais de namoro estávamos desiludidos

Na estrada arruinada entre ruínas choramos

Outra dura morte do sentimento de homem

Como sempre este pesar desencanta juras!

E como sempre estou à sós repetidamente!

Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 31/01/2014
Código do texto: T4671980
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.