Nem Tua e nem do Mundo
Esta pequenina jóia que sou está desiludida
Fica aqui a se depenar ou inquietar sentidos
Sempre à mercê dos disparates dos homens
Uma ambígua dama sem o nome ou fortuna
Sou de nenhum alívio, desastrada sem amôr
Sentimento desvalado emerge dessas dores
Incapaz de cardíacas memórias das paixões
Quase aturdida em um oceano de mentiras
Naufragada nos escolhos da selva de pedra
O breve instante da lágrima ao busto casto
Senhora da perda, da farsa, dos desamores
Toda esperança alcança a sua praia comigo
E sempre cai na nebulosa surda da mentira
Os homens dos fracos se acomodam fortes
Eles me tornam insegura de famintos lôbos
Cada qual a tirar de minha sina um retalho!
A realidade inflamada no mal conduz o fim
Em finais de namoro estávamos desiludidos
Na estrada arruinada entre ruínas choramos
Outra dura morte do sentimento de homem
Como sempre este pesar desencanta juras!
E como sempre estou à sós repetidamente!