Poema da Chuva

Caminhei na chuva

desabafei, sorri, chorei

declamei um poema fresco

que acabara de criar,

a inspiração parecia

fluir dos meus poros,

E numa overdose de sentimentos

cuspi falsas verdades em minha cara,

torturando-me com soluções simples

para problemas quase impossíveis,

me fiz promotor, júri e juiz

de mim mesmo,

um réu sentenciando-se a perpetuidade

e confessando com corpo, alma e coração

o assassinato de si mesmo.

Caminharia para sempre

se a rua não fosse tão escura e deserta

e se meu medo não me vencesse...

mais uma vez matei-me

e me omiti dentro de mim,

talvez quem sabe

para sempre.

depereira

De Pereira
Enviado por De Pereira em 03/02/2014
Código do texto: T4676406
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