Desejo

Nas larvas mornas do meu ventre,

Nasce um desejo tão forte,

Que implode meu racional, e me torno toda emoção!

Como um aspiral, se apossa de mim,

Deslizando em meu corpo,

Com vontade de rio para o mar...

Me envolve um furacão de sensasões

E me pego divagando,

Entre o ir e o ficar...

Entre o querer e o expurgar.

Paradoxal meu momento... meu desejo!

Desejo,

Incontrolável, como um vento, numa tempestade de verão.

Fascinante me deslumbra,

Como tal me assusta.

Me vejo dividida entre o fáscinio e o terror,

Entre o vontade e a vergonha.

Petrificada num labirínto de pensamentos.

Confusa e exitada!

A ver desfilar, perante meus embevecidos olhos,

Você!

E esses teus olhos, teu peito, tuas coxas, ...

Exemplar da espécie, que aguça meu apetite.

Teu cheiro, me chega como perfume, empregnado de feronômio.

Entorpece minha vontade, meu corpo vibra.

Como a corda de um instrumeto afinado,

Pronto, para dar vida aos sons.

Desejo,

Pecado, que meu peito anela e minha alma repulsa.

Quero quebrar esse elo, que me prende ao delírio,

E voltar a pacata lagoa, em que se banhava minha alma!

Mas, já provei das ondas do desejo que emanam do teu corpo,

Você é o mar, em que quero nadar.

E me purificar no altar da satisfação.

Sacrifico meu brio de mulher, me jogo aos teus pés,

Vencida por teu sorriso!

Conquistada, por esse porte de deus pagão.

Como não querer me perder em você?

Me deixar levar, pelo bailar compassado,

De nossos corpos exastos.

Flutuar, nos delírios que você me provoca.

Desejo...

Teu beijo molhado... saliva doce ao paladar!

Essa língua, que me desvenda a boca,

E com sua fome, sacia a minha fome...

Desejo,

Por você!

Observadora
Enviado por Observadora em 01/09/2005
Reeditado em 25/08/2006
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