OUTRORA
No domingo do padroeiro,
a igrejinha, vestida de luzes,
anunciava esperada quermesse.
As garotas, graciosas roupas domingueiras,
desenhavam-se em olhos e sorrisos,
corações ansiosos.
Os rapazes desfilavam cabelos e poses,
estudada indiferença viril,
atentos à caça.
Enquanto o sino dobrava em festa,
ladainhas, velas, beatas em procissão,
os correios-elegantes se espalhavam.
Na boca,
despertos,
primeiros sabores de pecado...