Mosaico

As muitas mulheres em mim.

Por vezes gueixa, outras cortesã,

Menina as vezes no falar,

Ou simplesmente mulher no seduzir...

Com as mesmas infantes palavras,

Truques das muitas mulheres que habitam em mim!

Ladina,as vezes imatura...

Me perco divagando nas caras,

Que me pertencem.

E nas vozes que ouço,

Quando escuto meu coração.

Vago pelos meus mundos,

Por vezes floridos e plácidos.

Outros, desertos, hermos, confusos...

Em momentos tão cândida e autroísta.

Horas, tão egoísta!

Narcisista em meu corpo.

Que uso como palco,

Para as muitas faces que abrigo.

As mulheres em mim.

Degladiam-se por fim,

Na luta por mim dominar, possuir seu lugar.

Num gesto brusco, aniquilo todas elas.

Para deixar renascer das cinzas minha fênix.

E voltar para o palco da vida e atuar,

Com as minhas muitas faces nascidas,

Da arte de viver, morrer, viver,...

E sempre me procurar,

Para me encontrar

Nas muitas mulheres, que moram em mim!

Observadora
Enviado por Observadora em 02/09/2005
Reeditado em 25/08/2006
Código do texto: T47000
Classificação de conteúdo: seguro