Ainda resta a saudade

Na tênue linha do horizonte,

Os lindos fios dourados do sol

Dançam um balé clássico,

Embalados ao sabor da brisa,

Sob os acordes do maestro tempo.

Valsa imaginária evolui

Nos fragmentos da lembrança

Que teima ser sempre presente

Na outra metade das rubras rosas

Esquecidas e já sem perfume.

Música e dança se unem

Consumindo os dias e meses,

Mudando cores e destinos,

Deixando que as folhas secas

Se percam, sopradas pelo vento.

E eu, me faço menino para poder voar

E em sintonia com a esplêndida luz,

Me deixar envolver pelos fios dourados

Desse sol que ilumina e aquece meus dias,

Mas que se vai, a cada entardecer.

Délcio Mores
Enviado por Délcio Mores em 01/05/2007
Reeditado em 16/05/2007
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