In... finito

... Um véu se descortina.

As cenas do ato que se aproxima,

Não traz nada pronto, afinal

O choro esbravejado é mero sinal

Do iniciado, obscuro ritual . . .

Uma insegura sina se insinua,

Nascendo simplesmente nua.

Descrevem depois órbitas sanzonais,

Trôpegos, bêbados passos desiguais.

Se num tempo são firmes seguros,

Sem medo, mesmo em degredo familiar

Certezas tenho demais, eu juro

Todos foram auxiliados por meus pais.

Quantos graus tenho a mais

Pra o fechar do círculo !

Malfadado ventríloquo

Engolindo todos os ais !

Noventa... Cento e oitenta,

... trezentos e sessenta ... exo!

Eixo fatal, final, zero orbital.

Qual é a porta da desconstrução ?

... sei não !

Nos sessenta já me quebro,

Envergo, abaixo.

Por debaixo do tapete

Escamoteiam mil falsetes.

Valsando...

Rodopiam tilintando sinos,

Hinos de ascensão.

Rodopiam meus trezentos e sessenta.

Aclimatação.

Amanhã ?

Tarde ou cedo !

Agora ?

Bate um estranho medo : Partir .

Hora de ir ...

Quem sabe a hora pro infinto,

Último grito de dor ou palavras de amor !

A hora pro IN... finito

Sempre é segredo !

Infinitamente !

As portas da mente se fecham...

In...finita...mente !

eula vitória

27/02/14

Eula Vitória
Enviado por Eula Vitória em 01/03/2014
Reeditado em 02/03/2014
Código do texto: T4710985
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