PESADELO
 
“O que a história conta, não passa de longo sonho, de pesadelo espesso e
  confuso da humanidade.”
  (Arthur Schopenhauer)
 
Estou imerso em nada,
Sem gravidade, flutuo,
Não há terra, nem há céu,
Só um  profundo silêncio.
Passam difusas formas,
Retalhos do que vivi.
Amores pecaminosos,
Ultrajes, iniquidades,
Injustiças, inverdades,
Bocas abertas, sem som,
Olhos ocos que não veem,
Rostos ocultos por véus.
Que destino terei?
Aonde vou ser levado?
Sem nada poder fazer,
A Deus me entrego, então,
E num rodopio final.
Chega a bendita luz,
Sou salvo por sua mão.
Retorno à vida, afinal,
Aspiro o ar matinal,
E dou graças ao Senhor,
Prometendo ser melhor.
 
-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o
 
(dedicado a todos nós, pecadores)
foto Internet
 
 
paulo rego
Enviado por paulo rego em 10/03/2014
Reeditado em 16/03/2014
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