Simbiose

A simbiose das coisas me equilibra.

E meu corpo, junto ao teu, vibra!

No nosso ilusório momento de felicidade.

Fictício, verdade...

Mais, afagas meu corpo com carinho.

E arranco do peito o espinho,

Fincado por nossa realidade.

Tenho comigo, a solidariedade subjetiva,

De seres imaginários, subversivos das vontades,

De todas as espécies sofredoras...nada mais.

Despejo minhas mágoas, no travesseiro.

Retentor de meus segredos e sentimentos.

Conhecedor, de meus propósitos, minhas lutas.

Molhando assim, meu amigo...

Noite, após, noite.

Com as lágrimas, de minha saudade!

Cirandas de recordações.

Volumosas decepções,

Tristezas, incrústadas no meu peito.

Pelos ventos e tempestades,

No oceano da minha vida.

Mais, minha ânsia de viver é redentora,

E revigoro meu oxigênio.

Brindando a persistência, no tempo que volto a sorrir.

No túmulo de meus sonhos!

Sem aurora, sem crepúsculo, volvo à vida.

Brotando verdejates quimeras,

Feito fênix insistente na labuta do renascer...

Quer das cinzas,

Quer, pelo singular gosto pelo sofrer!

Simbiótica nossa vida,

Nossos encontro, desencontros, meias verdades...

Quase mentiras verdadeiras,

Corriqueiras no palco das ilusões.

Anelo no meu coração, a silenciosa vontade,

De um dia alcançar guarida,

Na masão do teu sentimento.

Ser querida, protegida...

Desejada quem sabe.

Com a força dos sedentos,

Ao encontrarem oásis

Observadora
Enviado por Observadora em 03/09/2005
Reeditado em 26/08/2006
Código do texto: T47230
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