pés de barro

mãos e pés e a vida se segura

sem alinhavos quando estufa o peito

só se vê e só pra si ensaia

seu deleite coalhado de mazelas

pedestais enfeitam seu ego

que finge brilhar no riso plástico

curtido em baldes de gelo

um deus falso com olhos incandescentes

e voz acentuadamente pálida

morre regurgitando palavras ininteligíveis

e de quebra lambido pela escória

bronze na perversa vaidade reverenciada

e barro nos pés toscos sobre o frágil chão

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 03/09/2005
Reeditado em 12/06/2007
Código do texto: T47272
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2005. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.