Parto

Parto

Tantas são as coisas que não sei exprimir

Que sinto e vejo e imagino ler nos lábios

Rebentos de Maios madrugadores

Acariciando as cerejeiras

Carregando-as de mimos

Até as curvar de bagos rubros

Como uma mãe em esperanças

Se dobra de alegres dores

Pressentindo o momento em que a ida

É franquear a porta que se entreabre para a vida.

Moisés Salgado