FARPAS E ESPINHOS

Eu,

não sei como viver sem seus carinhos,

então,

porque de mansinho mansinho

tudo muda,

e me pego a dizer palavras rudes

que mais parecem farpas

que vou cravando em sua carne...

Você,

diz não conseguir viver sem mim,

então,

porque a sua mansidão

muda da água para o vinho

e lhe pego a dizer palavras agudas

que mais parecem espinhos

que vais cravejando em meu coração...

Que amor é esse então?

Que nos faz o bem e nos traz o mal,

por que então,

não conseguimos viver um sem o outro

e de um momento para o outro

queremos distancia um do outro,

sendo que um minuto depois da despedida

já estamos mortos de saudade

e nos rendemos a vontade

de cair um nos braços do outro...

Ah, meu bem,

a realidade

é que sem você, eu não sou ninguém

e sem mim, não vives

somos vitais um para o outro

como o ar para os pulmões...

então por que?

lhe cravo minhas farpas

e me cravejas seus espinhos...

será que o amor por ser demais

vive a nos testar

e a nos machucar

só para dizer que ainda está vivo.

2014

Marcos Horto
Enviado por Marcos Horto em 20/03/2014
Código do texto: T4736853
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