FARPAS E ESPINHOS
Eu,
não sei como viver sem seus carinhos,
então,
porque de mansinho mansinho
tudo muda,
e me pego a dizer palavras rudes
que mais parecem farpas
que vou cravando em sua carne...
Você,
diz não conseguir viver sem mim,
então,
porque a sua mansidão
muda da água para o vinho
e lhe pego a dizer palavras agudas
que mais parecem espinhos
que vais cravejando em meu coração...
Que amor é esse então?
Que nos faz o bem e nos traz o mal,
por que então,
não conseguimos viver um sem o outro
e de um momento para o outro
queremos distancia um do outro,
sendo que um minuto depois da despedida
já estamos mortos de saudade
e nos rendemos a vontade
de cair um nos braços do outro...
Ah, meu bem,
a realidade
é que sem você, eu não sou ninguém
e sem mim, não vives
somos vitais um para o outro
como o ar para os pulmões...
então por que?
lhe cravo minhas farpas
e me cravejas seus espinhos...
será que o amor por ser demais
vive a nos testar
e a nos machucar
só para dizer que ainda está vivo.
2014