UM SER MINEIRO
Nada consegue tirar de mim
Lembranças da cidade natal
Compreensões desprendidas
Numa síndrome de amor a vida.
Essa coragem de começar depois do fim
Também pudera, eu sou mineiro
Sou das curvas do horizonte montanhoso
Filho de um Brasil ainda colonizado.
Ninguém consegue tirar de mim
Valores épicos, pensamentos arcaicos
Misturados com essa modernidade
Um aperto de mão, um fio de bigode.
Esse orgulho de crescer por dentro
Nos momentos de reflexão
O refrão nos versos de um choro contido
Numa emoção desvairada.
(21/03/2014)