MEUS POEMAS DIZEM

Se eu escrevo assim

Nessa inquietude ávida

Querendo liberdade,

É porque algo

Toma conta de mim.

Diria ser uma inquietude plácida...

É só um fogo

Assando versos,

Que saem quentes,

Cheios de palavras,

Traços diversos

E rimas diferentes.

Meu coração

É um canteiro de letras,

Minha mente, meditação.

Se for eu que escrevo

A posse é da natureza

E a lua me oferta um trevo,

Sabedoria e destreza.

E eu não luto.

Se for eu mesmo que escrevo,

Algo me domina!

Com minha alma, não disputo.

Esse algo me ensina

A ser reticente

Para não ser avesso,

Tonto e indecente.

Minha alma não erra.

Quem erra é minha carne,

Que esconde segredos

Em seu nodoso cerne...

Poemas escritos

Revelam nas entrelinhas

Quase segredos restritos,

Pelos quais secariam

Todas as fibras minhas...

Meus poemas

São assim mesmo.

Se eu morresse

Não morreriam;

Se estivessem a esmo

Revolveriam a messe.

Mas quem escreve

Meus poemas

Somos eu e minhas penas,

Eu e o meu deus!

WalterBRios®

Walter BRios
Enviado por Walter BRios em 03/05/2007
Reeditado em 01/06/2007
Código do texto: T473937
Classificação de conteúdo: seguro
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