Meu soneto em epitáfio

Prefiro o descanso da tumba fria
Ao ver o Mundo sem poesia!
Deitado vejo-me gélido e feliz
Sorriso funesto, algodão no nariz

Fenecendo aos poucos, sem rima
O corpo em decomposição se faz
E os abutres sobrevoando de cima
Num poema triste e incapaz

Sugiro mil mortes à uma vida vã
Para quem não teve a sorte
De viver com a poesia sã

Com sonetos e prosas, mesmo fugaz
Idealizo a dor da morte
E uma lápide: Aqui um poeta jaz!
José Benício
Enviado por José Benício em 24/03/2014
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