Herói da espera (Desiderato)

Para os estilhaços caídos

de um outono amarelo,

arrastam-se para sempre

pés descalços de então.

Rente à súplica e conquista,

corta o tempo ao inverso

e Pernambuco na ponte,

passou ali sem chover.

Se a palavra chorou, amei-a

por inteiro e somente dela

solucei o imponderável ou

solúveis cacos solventes .

Se banquei ser gauche

no olho do mundo, delirei

por ver janelas para o mar,

como quem louva, amém.

E se vivi perigosamente?

deu-se por contente o ir,

por quem chega e parte no

infinito, infinitivo viver(...)

como quem vive do (endo).

Poema publicado também na página pessoal do autor, Blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.com.br).

Thiago Azevedo
Enviado por Thiago Azevedo em 25/03/2014
Reeditado em 25/03/2014
Código do texto: T4743871
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