Verbo

Sou verbo

quando espero

um sinal...

Quando revelo

meus segredos

insondáveis...

Quando acato

os caprichos

do destino...

Quando me visto

de cinza

todas as tardes...

Quando cortam

minha carne

e não sangro...

Quando me curvo

ao despotismo

da soledade...

Quando preciso

tanto chorar...

e choro...

Quando suporto

a dor imane

da saudade...

Quando vivo

apenas

de esperança...

Quando ainda

consigo ser...

Sendo metade...

Rahna
Enviado por Rahna em 03/09/2005
Reeditado em 04/09/2005
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