Verbo
Sou verbo
quando espero
um sinal...
Quando revelo
meus segredos
insondáveis...
Quando acato
os caprichos
do destino...
Quando me visto
de cinza
todas as tardes...
Quando cortam
minha carne
e não sangro...
Quando me curvo
ao despotismo
da soledade...
Quando preciso
tanto chorar...
e choro...
Quando suporto
a dor imane
da saudade...
Quando vivo
apenas
de esperança...
Quando ainda
consigo ser...
Sendo metade...