Noturno
A noite recolhe meu mundo
Perco-me em devaneios
descuido-me dos pensamentos.
Penso:
Sou fato quando me vejo,
sou fluxo do dia
do resto, da fantasia...
Sinto... não compreendo.
Sou fuga,
em algum lugar.
Lasciva no olhar divergente
perdida entre mundos e esconderijos...
numa vaga sugestão de aconchego,
busco o colo que sustenta,
Descubro-me, em vão!
Sem nexo e sem rumo
o que faço vem do que sou.
Então... quem mesmo sou?
Sou aquela que cumpriu sua sina.
(MérciBenício)