A Via Láctea
Lancei uma bomba
De sêmen,
E gerei um mundo.
Um tanto íntimo, particular
- O chamei de meu filho.
...Não sei o que ele se tornará,
Quando, e, se um universo ele for.
Se ele se multiplicar,
criar planetas
Pô-los satélites
E querer reger o que nele há,
E, ou, por ventura
A coisa desandar
- Como um trem fora do trilho...
Ele precisa saber
- Eu preciso dele pra existir?
E, ou para o bem e, ou para o mal
Lançarei uma bomba do contrário
Para destruir quem estiver descarrilhado.
Nada de desordem ou transgressão ou injustiça,
Apenas um novo mundo
Que me chamará de pai.