Sinceridade

Considero-me uma

autoridade,

fui eleito pelo povo,

agora sou um Deus.

Detenho o poder,

poder da vida e da morte,

a sua sorte está

em minhas mãos.

O poder da minha gravata

e persuasão, minha consciência

vazia e meu gordo umbigo...

País?, nem pais eu respeito!

Não tenho coração em meu peito,

danem-se!, povo medíocre,

não darei educação, saúde?...

Não me façam rir...

eu viverei bastante!

Com o dinheiro de vocês

eu compro a vida.

Segurança... tenho a minha própria.

Ninguém bate a porta.

Procuro-os a cada quatro anos,

ensaio meu discurso, vocês são mesmo burros.

Oba!, mais uma obra...

Deve ser superfaturada,

minha conta recheada

mesmo que não seja acabada.

Vote em mim, mantenha-me no poder,

pois assim deve ser.

Meu próximo lançamento:

a bolsa vento.

Das suas costas e suor

eu tiro meu sustento.

Obrigado!

Ah!, continue sendo meu jumento.

Rafael Razador
Enviado por Rafael Razador em 05/04/2014
Código do texto: T4757659
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