POR AMOR E PELO PÃO

Simbora compor a história

que a estrada é longa

e a viola pede carona

nas asas de um cantador.

Vamos que ainda nos resta o som

da madrugada fria esperando o Tom

entre as estrelas e as luzes de neon.

Bailamos na valsa da vida

cantamos em nossa ida e vinda

sobre o chão e sob o céu.

Sonhos de giz que acordam num papel,

no giro desse imenso carrossel.

Essa esperança que nos conduz

sempre na corda bamba,

por entre as sombras procurando a luz

de um tocador,

que embala suas mágoas

num canto de dor.

Que não se cala e nunca se espanta,

abre a garganta, chora ri e canta,

e apreciando a beleza da flor,

Acorda o pão de cada dia

ponteando as cordas do coração,

tecendo amor, embalando a poesia.

Fé no compasso, viola no braço...

como se fosse uma oração.

Segue buscando a harmonia,

eterno beija-flor em plena procissão.

Tocando amor nas cores da canção.

Vamos que ainda nos resta amar,

e o fim da festa pede pra recomeçar.

Inalando mar, bebendo lua,

no meio da rua,

ou em qualquer lugar.

Cantar sempre cantar,

bebendo lua, inalando mar.

Que ainda nos resta o Tom

entre as estrelas e as luzes de neon

e a madrugada fria esperando som.

Saulo Campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 09/04/2014
Reeditado em 09/04/2014
Código do texto: T4762867
Classificação de conteúdo: seguro
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