sentido

sigo entre duas pedras

que me estrangula, e não

me demoro, pois sei que

tenho um caminho a seguir

apertado, duro, cru, suave

descer a serra, o descampado

atravessar vales, me tornarei

escuro e claro conforme o solo

que piso, esquecerei de mim

mesmo tantas vezes, por loucura

ou cansaço, e vagarei cada vez mais

a procura do mar, e não serei a pedra

que toco, a arei que carrego,

não sei o sol que toca nas manhas e nem

a luz e as estrela que se afundarão

dentro de mim. porque sei que

não sou nada disso, sou um linha

continua que nunca se acaba,

talvez na algum destino fictício,

e minha essência é o movimento.

e é nele que me recordo...

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 13/04/2014
Código do texto: T4767749
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