Que não seja só mais um Adeus

Você chamou essa nossa crise de 'Adeus'.

que final ingrato seria este, que compusemos.

Que ingrata ironia. Que desencontro.

É uma pena, mas não posso ser para você

nada diferente do que nasci para ser.

A confusão em pessoa. Um homem essencialmente cheio de defeitos,

de dúvidas e questões mal resolvidas.

Talvez por isso eu escreva tanto.

Ainda assim, te amo.

ou talvez eu ame a forma que você escreve

e a forma que você me desvela, e me faz me sentir um adolescente sem razão.

A forma que você penetra em minha cabeça, sem mesmo ter me olhado nos olhos,

e põe gelo em minhas tripas, me deixando sem saber o que dizer...

Sem saber articular as palavras que tanto me orgulho de ter sob controle e a minha disposição.

Eu queria te olhar nos olhos e dizer isso tudo,

só para saber como seria.

mesmo que esse pensamento me deixe angustiado e nervoso,

a roer as unhas que não tenho.

E me ponho a pensar como as coisas ganharam esse rumo

como pude estar tão envolvido tão precocemente.

Como pude querer tanto e tão intensamente alguém que nem conheço...

Paro e releio tudo o que você já me escreveu,

e isso só me reforça a certeza que já não há mais retorno.

Estou fatal e definitivamente preso a você,

queira eu ou não.

Mesmo que soe engraçado,

mesmo que soe prematuro e infantil.

Vou viver toda essa insanidade,

mesmo que sozinho,

em madrugadas de álcool e insônia.

de inquietude e silêncio, esperando alguma resposta sua.

Nesses termos, simplesmente espero

Que o seu último poema

e este texto,

não sejam só mais um adeus.

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 14/04/2014
Reeditado em 14/04/2014
Código do texto: T4768034
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